HemaBook - Capítulo 9: Como a contagem de eosinófilos muda em pacientes com COVID-19?
Mindray 2021-04-07
A terapia anticoagulante profilática é um tratamento comum que os médicos usam para lidar com eventos trombóticos na COVID-19?
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Existe uma rela??o entre a contagem de eosinófilos e o monitoramento da Correct anticoagula??o for coagula??o em pacientes com COVID-19?
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Eventos trombóticos em pacientes com COVID-19
A trombose foi identificada como uma complica??o importante entre pacientes hospitalizados com COVID-19. Um estado pró-trombótico induzido por SARS-Cov-2 pode se manifestar em casos de tromboembolismo venoso (TEV), trombose arterial e coagula??o intravenosa disseminada (DIC).[1]
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De acordo com 28 estudos realizados, envolvendo 2.928 pacientes, complica??es trombóticas foram identificadas em 34% dos pacientes de UTI, sendo relatado trombose venosa profunda (TVP) em 16,1% e embolia pulmonar em 12,6% dos pacientes, associadas à alta mortalidade.[2]
Tratamento antitrombótico de heparina de baixo peso molecular em pacientes com COVID-19
A heparina de baixo peso molecular (HBPM) e a heparina n?o fracionada (HNF) s?o recomendadas pela sociedade internacional de trombose e hemostasia (ISTH) e pela Sociedade Americana de Hematologia (ASH), para o tratamento de eventos trombóticos associados à infec??o por SARS-CoV-2. Particularmente, a HBPM tem um efeito antitrombótico mais forte do que a HNF.
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Monitoramento da dose de HBPM
A HBPM atua predominantemente no fator Xa. Por esta raz?o, a atividade da HBPM é monitorada através dos níveis séricos de atividade antifator Xa (AFXa) e n?o pelo tempo de tromboplastina parcial ativado (aPTT) (Figura 2).[3]
A enoxaparina é uma das mais importantes HBPM. O nível de AFXa atingiu o pico entre 3 e 5 horas após a administra??o. Os níveis de AFXa abaixo de 0,2 UI/mL podem aumentar o risco de TEV em pacientes com COVID-19, devido à hipercoagulabilidade.[4]
Contagens de eosinófilos no tratamento antitrombótico para pacientes com COVID-19
A Dra. Selma Ari descobriu que o aumento da contagem de eosinófilos está associado ao nível de anticoagula??o subprofilática em pacientes com COVID-19.[5]
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Nos resultados laboratoriais, quando os pacientes s?o admitidos no hospital, apenas a contagem de eosinófilos e AFXa s?o significativamente diferentes entre o grupo de anticoagula??o subprofilática e o grupo de anticoagula??o profilática (Tabela 1).[5]
A análise laboratorial coletada antes da alta dos pacientes revelou que a contagem de eosinófilos no grupo com anticoagula??o subprofilática foi maior do que no grupo com anticoagula??o profilática, enquanto o AFXa foi menor no grupo com anticoagula??o subprofilática (Tabela 2).[5]
Eosinófilos e trombose
Os eosinófilos induzem a agrega??o plaquetária e a forma??o de trombos por meio da produ??o da proteína básica principal (MBP) e da peroxidase eosinofílica (EPX).[6]
As enzimas liberadas dos eosinófilos (peroxidases, proteínas cati?nicas e neurotoxinas) podem diminuir a atividade anticoagulante da heparina.[7]
Neste estudo, os níveis elevados de eosinófilos tiveram menor atividade anticoagulante em pacientes com COVID-19 no grupo de anticoagula??o subprofilática. As contagens de eosinófilos foram examinadas com o analisador de hematologia automática Mindray BC-6800. Sua tecnologia de análise SF Cube pode produzir diagramas de dispers?o tridimensionais que podem ajudar os médicos a identificar e diferenciar melhor as popula??es de células sanguíneas, especialmente para revelar a popula??o de células anormais n?o detectada por outras técnicas. Hoje em dia, um grande número de par?metros no BC-6800 podem ser usados em diagnósticos clínicos e pesquisas científicas. Portanto, os médicos podem fazer mais pesquisas sobre a COVID-19 no BC-6200/BC-6800/BC-6800Plus/CAL 6000/CAL 8000 da Mindray.
Referências:
[1]Godoy, LC, Goligher, EC, Lawler, PR, Slutsky, AS & Zarychanski, R. Antecipando e gerenciando coagulopatia e manifesta??es trombóticas de COVID-19 grave. CMAJ 192, E1156-E1161, doi: 10.1503/cmaj.201240 (2020).
[2]Jenner, WJ et al. Uma revis?o sistemática: complica??es trombóticas em 2.928 pacientes com COVID-19 tratados em terapia intensiva. J Thromb Thrombolysis, doi: 10.1007/s11239-021-02394-7 (2021).
[3]Lai, S. & Coppola, B. O uso de enoxaparina na doen?a renal em estágio terminal. Kidney Int 84, 433-436, doi: 10.1038/ki.2013.163 (2013).
[4]Robinson, S. et al. Enoxaparina, dosagem efetiva para pacientes em terapia intensiva: ensaio clínico randomizado, duplo-cego. Crit Care 14, R41, doi: 10.1186/cc8924 (2010).
[5]Ari, S. et al. A contagem elevada de eosinófilos está relacionada à menor atividade antifator Xa em pacientes com COVID-19. J Hematop, 1-10, doi: 10.1007/s12308-020-00419-3 (2020).
[6]Varricchi, G. et al. Reslizumabe e asma eosinofílica: um passo mais perto da medicina de precis?o? Front Immunol 8, 242, doi: 10.3389/fimmu.2017.00242 (2017).
[7]Ames, PR, Aloj, G. & Gentile, F. Eosinofilia e trombose em doen?as parasitárias: uma vis?o geral. Clin Appl Thromb Hemost 17, 33-38, doi: 10.1177/1076029609348314 (2011).
